sexta-feira, 8 de junho de 2007


DILÚVIO de Mário Pirata


adormece a noite

nervosa feito

uma cadela no cio


o arroio ferido morde

o coração frio de

um rio vazio onde

escorre o sangue sujo

da cidade


as velas rasgadas da poesia

navegam na direção

do sol da manhã

Nenhum comentário: